Este é meu sítio, onde espero plantar e colher coisas boas. Desde abril de 2005, tenho postado minhas besteirinhas aqui, sem ordem cronológica nem temática - mais ou menos um baú de quinquilharias. Fique à vontade e me dê um alô... PS- Os posts são arquivados por semana. Se quiser olhar os antigos, tem os links lá embaixo, mês a mês.
quinta-feira, agosto 26, 2010
Show na fila
quarta-feira, agosto 08, 2007
Mais uma de ônibus

sábado, dezembro 02, 2006
Presepadas profissionais...


Daqui a pouco, Tom desce, de chapéu na cabeça, charuto na mão e sorriso nos lábios. "Este aqui é meu violonista, Tião Neto", apresentou ele, chamando o gringo - que gargalhava, enquanto Paula e eu queríamos morrer.
sábado, novembro 25, 2006
Um Mico Publicável

Eu tinha uns quinze anos, era super tímida, e comprei ou ganhei uns óculos de fantasia, pavorosos, que resolvi mostrar à minha mãe. Ela, notoriamente gaiata, enfiou-os prontamente na cara e foi assim de Candeias ao centro do Recife (algo em torno de uns 20km), encarando as pessoas. Primeiro eu fiquei desesperada. Depois, comecei a achar engraçado. Por fim, tava doida pra aderir à idéia. E foi o que fiz, para mal dos meus pecados.
Foi só botar os óculos que, no mesmo segundo, Rogério, o professor de hidroginástica de mamãe (um gato, afemaria!) emparelhou o carro conosco. Eu fiquei roxa, azul, cor de rosa. Acabei estoicamente sem tirar o maldito apetrecho na cara, na esperança de não ser reconhecida ou passar despercebida.
Não tive tanta sorte.
Depois eu soube que ele andou perguntando se "a filha de Cininha tinha problemas". Até hoje, não sei se se referia à minha parte física ou mental...
sexta-feira, novembro 10, 2006
Dado em casa

quinta-feira, novembro 09, 2006
Completando o post anterior...

Escolher a roupa foi uma novela: pesquisei imagens no Google, comprei cetim pra capa e popeline pro vestidinho, corri atrás de costureira. O resultado saiu muito mais convincente que as outras quinze moçoilas trajando a mesma fantasia que vi perambulando pelas ladeiras de Olinda, sem despertar a menor comoção. Além das roupas delas parecerem estilizadas... bem, eu acho que elas não estavam na sintonia da fantasia, como eu estava.
E era muito engraçado: as pessoas iam se comunicando comigo, gritando na rua, tirando onda. E eu me sentindo e agindo como se fosse a própria Chapeuzinho, saltitando pelas ladeiras com uma cestinha cheia de balas ice kiss love de morango, com figurinhas de dizeres românticos encartadas.
A primeira providência divina foi me fazer perder de Eva, a amiga em cuja casa eu estava hospedada. Fiquei procurando em vão por ela, até cair a ficha de que as pessoas achavam que eu estava buscando... o lobo. Foi muito engraçado. Aí eu resolvi incorporar a personagem, de com força.
Os primeiros a não acreditarem na minha doidice foram os policiais de plantão. Passei em três delegacias móveis, procurando o lobo mau. Numa, disseram que não me preocupasse, que se ele aparecesse seria preso. Noutra, informaram que tinha sido levado pro Aníbal Bruno. O terceiro riu tanto que quase se engasga com a balinha que ofereci.
Saí feito uma maluca, pedindo informações a Deus e o mundo. Quase apanho de uma dona, no meio do Segurucu - só porque ao ouvir que o marido dela mora há mais de 20 anos em Olinda, resolvi candidamente perguntar se ele sabia onde era a casa da minha vovó. Arranjei vários candidatos a lobo: um bonitinho, declamou toda a música do disquinho de minha infância. Mas eu, magnânima, sem má intenção no meu coração, procurava por dentes, rabos e orelhas, e os rapazes não passavam no teste.
À noite corri pro Recife Antigo, em minha busca incessante pelo lobo mau. Emburaquei no banheiro masculino do Burburinho e espantei um francês que saía de lá. Expliquei por mímicas a minha intenção - saber se o lobo mau estava lá dentro - e um minuto depois, quando ele realizou o que eu estava perguntando, riu descontroladamente e me ensinou a cantar a musiquinha do país dele, falando em "Monsieur Le Loup".
O ápice da noite foi lá pelas 23h, na beira do cais, quando eu já tinha desistido completamente de encontrar quem eu buscava. Um lobo lindo, de olhos verdes, máscara amedrontadora, peito nu, veio uivando de longe, correndo em minha direção. Minha felicidade foi quase incontrolável. Pena que o lobo tinha uns doze anos e só se interessou em comer o resto dos bombons cor-de-rosa da minha cestinha.
terça-feira, novembro 07, 2006
Fantasias

Enchi minha cestinha de bombom, me perdi dos amigos e passei um dia antológico, sozinha, brincando em Olinda. Passei na frente de uma creche, e a criançada de olhos arregalados gritava por mim, explicando onde era a casa da vovó. Cantei a musiquinha da história aos pulos, saltando pelas ladeiras, de braços dados com um casal de gays alagoanos que viraram meus amigos de infância. Pedi informação em todos os pontos de apoio ao turista e delegacias móveis, e nenhum policial deixou de responder à pergunta "o lobo mau passou por aqui?" (as respostas foram antológicas). Falando em lobo, arrumei vários candidatos (e até briga com a mulher de um deles), mas atravessei o dia incólume porque sou, no fundo, uma menina boazinha - e tinha namorado. Enfim, ri muito e exercitei ao máximo meu lado lúdico - tudo o que a gente mais precisa e merece, nessa vida.
sábado, novembro 04, 2006
Cachorradas
Devo admitir pra vocês que ter um cachorro é um sonho secreto que vai e volta na minha cabeça, mas sempre descarto o plano: se eu não tomo conta direito nem de mim mesma, imagine de um cachorro! Ainda assim interajo com os bichinhos, especialmente os viralatas - que refletem bem a minha essência.

Uma vez, na época de faculdade, saí debaixo de chuva do Centro de Artes e Comunicação da UFPE. Ia andando com meu amigo Alessandro e de repente dei um grito: quase pisei numa coisa escura e molhada, que achei ser um rato. Não era: era uma cadelinha bebê, desgarrada da mãe. Pensei comigo: se ficar aqui sozinha, na chuva, vai morrer. Enrolei a bichinha na toalha que trazia na mochila (era dia de educação física) e enfrentei um Candeias-Dois Irmãos lotado com ela no colo, fazendo gréia: por favor, dá licença, preciso passar com minha filha. Chegando em casa, minha mãe quis comer meu fígado, até que esclareci que não queria ficar com a coisinha, e que no dia seguinte arrumaria um dono pra ela. Aí mamãe sossegou e até ajudou a dar leite e mantê-la quentinha. No outro dia, fui cedo pra faculdade, me plantei na frente do prédio e perguntei a cada ser vivente do CAC se não queria levá-la pra casa. Acabei descolando um interessado, ao qual passei meses inquirindo sobre o estado de Neguinha, quando o encontrava de passagem. Com isso fortaleci, perante os olhos de Alex, uma imagem de sensível e humana que não descolou mais de mim, mesmo passados tantos anos.
De outra feita, estava voltando da UFRPE - de uma farra, certamente. Era quase meia noite, eu estava sozinha no ponto de ônibus, e uma viralatinha fêmea, raceada com cachorro-salsicha ('daschund'), parou, me encarou e ficou fazendo companhia. Largada, solitária, abandonada, a bichinha me comoveu até o âmago do meu ser ligeiramente alcoolizado. Quando o ônibus passou, zupt!, cedi ao impulso e carreguei a danadinha comigo. De tão semelhante a mim, batizei-a de Igual.
Igual tinha um cheiro horroroso, mijou na sala, chorou a noite inteira, soltou pêlos pela casa, roeu o pé da mesa e eu me desesperei e acabei trancando-a no banheiro. Em dois dias, arrumei um novo dono pra ela e pude suspirar aliviada. Estava livre, afinal...
O que não quer dizer que vou desistir da minha carreira de defensora dos oprimidos e da minha nobre intenção de ter um cachorro, um dia. Mas de preferência, antes quero uma casa com um belo quintal!
terça-feira, outubro 31, 2006
Meméia, Alcéia, Cuca, Keka e Min não são páreos pra mim

sábado, outubro 28, 2006
Leprechaun
Adoro este menino! Adoro estar com ele! Nos últimos meses, Alan tem me provado como pode ser boa a convivência a dois: toma conta de mim quando eu tenho febre, troca figurinhas quando vou preparar aulas, empresta o ombro pra eu chorar pitangas, é um ótimo conselheiro sentimental...
É a melhor companhia pra se assistir programas trash de TV, falar mal do mundo e rir das bobagens cotidianas. Gosto de brincar, dizer que é meu 'marido' pro lado ruim do casamento, mas fico feliz de poder contar com ele e de vê-lo torcer para que eu seja e esteja feliz.
E entrei tão feliz no Comprebem, com vontade de pilotar correndo entre as gôndolas, que ele começou a rir e lançou a seguinte pérola: "Mari, me diz: alguém consegue ficar mais de um dia com raiva de você?"
domingo, outubro 22, 2006
Jurandir da caipirosca

terça-feira, outubro 17, 2006
As maldades de que eu sou capaz

Leo me liga.
Ele tem me ligado umas quinze vezes por dia, e eu acho que se juntássemos o que a gente anda gastando em telefone, dava pra um dos dois visitar o outro, no fim do mês.
Ele me fala mil coisinhas bonitinhas.
Ele se despede e diz baixinho que gosta de mim.
"Só 'gosta'?", provoco.
"Eu te amo", sussurra.
"Hein?"
"Eu te amo", diz meio sem graça.
"Fala mais alto que não tou escutando nada..."
"EU TE AMO!", berra.
E eu desligo morrendo de rir, depois de ter ouvido o corinho das risadas dos colegas de trabalho dele.
domingo, outubro 15, 2006
I am a pitbull

Foi assim: quando faltavam duas quadras, uma motinha com dois homenzinhos minúsculos, um dos quais portando um bigodinho à la Dick Vigarista, emparelhou conosco e o cara da garupa falou nervoso, "passa a bolsa". Eu acho que eram dois caras que estavam no primeiro andar de uma casa, na rua anterior, e que olharam esquisito quando a gente passou - até porque a moto veio daquela direção, e regressou rapidinho pra lá. Mas é só suspeita e o agente da delegacia não pareceu botar fé, apesar de Claudinha ser da mesma opinião que eu.
Qualquer dia me lasco numa dessas, mas me deu uma raiva enorme na hora, e não acreditei que o volume embaixo da camisa do homem fosse um revólver. "Passa a bolsa, porra nenhuma", falei e continuei andando. Dentro dela, estavam o celular (comprado em junho, depois que o anterior foi furtado) e um molho enorme de chaves que iam me dar um trabalho insano pra recuperar. As pobrezinhas das minhas amigas ficaram no prejuízo, mas os caras desistiram de ir atrás de mim e eu escapei ilesa.
Não é a primeira vez que isso me acontece: da penúltima, tava no carro, junto com Sid e Isaar, dirigindo na Agamenon Magalhães, e um molequinho com um caco de vidro chegou e falou rápido, "passcarteirbols'celular". Eu tava gripada, baixei o vidro, olhei sorrindo pra ele e fiz, "hein?" "Passa a carteira, a bolsa e o celular!", repetiu, fazendo cara de mau. A gripe passou na hora. "O que, seu pirraia? Tá enxergando seu tamanho, não? Passe fora, senão eu meto porrada em você", falei bem alto e ele saiu correndo ventado de junto de mim, enquanto os amigos riam do outro lado da rua. Dez segundos depois foi abordar a mulher do carro da frente. A raiva foi tão grande que eu meti a mão na buzina, abri a porta e berrei: "Saia daí, seu merdinha, largue a moça, senão vou aí te pegar". E ele saiu, lógico. Porque eu ando braba, tão braba, mas tão braba, que eu mesma me assusto às vezes. Mordo mesmo. Grrrrrrrrrr.
terça-feira, outubro 10, 2006
Andanças

terça-feira, setembro 19, 2006
Vexaminosa

domingo, setembro 17, 2006
Ascendente em Gêmeos e Lua em Aquário...
quarta-feira, setembro 06, 2006
Falando em supermercado...


segunda-feira, setembro 04, 2006
Doze coisas pra se fazer no supermercado

1. Pegar caixas de preservativos e pôr em vários carrinhos aleatoriamente, quando a pessoa estiver distraída.
2. Programar os despertadores para tocarem de 5 em 5 minutos.
3. Fazer um rastro com molho de tomate até o banheiro.
4. Abordar um funcionário e dizer Código vermelho na sessão de vinhos... e ver o que ele faz!
5. Ir ao apoio a clientes e perguntar se podem reservar um pacote de M&Ms.
6. Montar uma tenda na seção de camping, dizer aos outros clientes que vai passar a noite por lá. Convencer as pessoas atraentes a trazerem almofadas da seção têxtil e juntarem-se a você.
7. Quando um funcionário te perguntar se você precisa de ajuda, começar a chorar gritando: Por que é que vocês não me deixam em paz?!?!!?!?
8. Encontrar uma câmara de vigilância e usá-la como espelho enquanto tira catotas do nariz.
9. Procurar uma faca de trinchar bem afiada. Levá-la consigo durante todo o percurso das compras e ir perguntando aos funcionários se ali vendem anti-depressivos.
10. Deslizar pela loja com um ar suspeito, cantando o tema do filme Missão Impossível.
11. Quando alguém anunciar seja o que for no alto-falante, deitar-se no chão, em posição fetal, e gritar: NÃÃÃO! As vozes! Outra vez as vozes!
12. Ir ao provador de roupa. Fechar a porta, aguardar um minuto e depois gritar: Onde é que está o papel higiênico? Huh!

1. Ir até a seção de colchões e testar um deles, dormindo por meia hora. De preferência vestindo uma camisola do setor têxtil. Ou não.
2. Ir até a seção de colchões e testar um deles, juntamente com uma companhia. Fazer comentários em voz bem alta sobre a espessura e densidade do mesmo e do resultado que isso trará ao desempenho do canguru-perneta. Exemplificar ativamente.
3. Trocar os tubos de pasta de dente Closeup por KY gel. E vice-versa.
4. (Para os homens) Colocar uma berinjela dentro da calça e passear pelo recinto, assobiando ‘Killing me softly’. Tirar a berinjela e entregar à moça do caixa, gritando TCHARAM.
5. Soltar um pum na fila do caixa, gritando MÃOS AO ALTO.
6. Levar um abacaxi, um coco e uma garrafa de pitu à seção de presentes, e pedir pra fazer uma embalagem bem bonita.
7. Ir ao setor de devoluções com o prestobarba que comprou. Explicar que a primeira faz tcham e a segunda faz tchum, mas veio faltando o tcham-tcham-tcham-tcham.
8. Ir à seção de apoio ao cliente e perguntar qual a melhor tintura para tingir os pelinhos de dentro do nariz.
9. Com uma corda de camping e uma bacia grande, improvisar uma roupa de tartaruga e sair rastejando pelos corredores.
10. Fazer uma pesquisa na fila da terceira idade sobre qual a melhor música pra se fazer um strip-tease surpresa.
11. Ir à seção dos eletrodomésticos e perguntar se têm o telefone do cachorrinho.
12. Testar todos os palitos de uma caixa de fósforo.
quinta-feira, agosto 31, 2006
Indecente
domingo, agosto 27, 2006
Pra Dé




Eu esqueci o aniversário dele e chega fiquei com vergonha, quando encontrei André no Bairro do Recife, no meio de um festival de poesia, em pleno domingo. "Se preocupa não, Nana, eu estou mais perto do que você pensa", ele me disse. "Acompanho sua vida pelo blogue. Adoro seus escritos e suas caretas". Ah, tá. Então tá. Cheiro, querido!