segunda-feira, julho 31, 2006

No ônibus

Eu fui no blogue da minha fiada Dione e li um post que me relembrou um episódio memorável, entre os vários vexames que já protagonizei num ônibus...
Costumo ser mais ou menos calma, e respeitar todo tipo de crença. Mas tenho horror de crente pentecostal, justamente porque eles não respeitam as crenças dos outros. Isso posto, corta pra cena em questão: num domingo à tarde, lá estava eu indo como de praxe pra Olinda, quando subiu a mulher no ônibus. Devia ter seus sessenta anos, cabelo preso num coque, Bíblia meio ensebada debaixo do braço, provavelmente indo pro culto. Dois minutos depois começou a cantar, numa voz fininha que parecia uma muriçoca, os hinos lá da igreja dela. Um, dois, dez. Até que uma hora eu não aguentei e comecei a cantar alto, lá do fundo do ônibus: "elo ya, elo ya ô, elo ya, obá xirê, obá xirê, obá, elo ya ô"...
Cantei pra Xangô, pra Oxum, pra Iansã, pra tudo que é santo cuja saudação aprendi no afoxé, que eu não sou nada na vida, sou uma casca agnóstica que não consegue acreditar em nada, mas odeia os sepulcros caiados, os fariseus que se acham melhores que os outros.
A dona arregalou os olhos e tentou cantar mais alto, mas Deus quis que aquele ônibus estivesse justamente indo pra Olinda. Logo um rastafari começou a batucar mais adiante, uma doidinha inventou de rir e fazer coro, e de repente o ônibus parecia um terreiro festivo de candomblé. Ela desceu meio murcha, dois pontos depois. E eu juro que não me arrependi até hoje.

domingo, julho 30, 2006

Bibi e a dinda


Sim, me leva para sempre, Beatriz / Me ensina a não andar com os pés no chão / Para sempre é sempre por um triz / Ah, diz quantos desastres tem na minha mão / Diz se é perigoso a gente ser feliz...

quarta-feira, julho 26, 2006

Meus novos blogs


Eu já tinha dois; achei pouco e hoje criei mais dois blogs! Eles vão servir como suporte para as disciplinas que vou lecionar este semestre: Teoria da Comunicação e Mídia Digital.
Espero que os alunos freqüentem bastante e que ambos os espaços sejam úteis, particularmente o segundo. Estou aberta a sugestões e críticas!
E dizer que até ano passado eu nunca tinha experimentado esta ferramenta...

domingo, julho 23, 2006

"História Vivida"


Saiu mais uma besteirinha minha na GG Magazine. Confiram aqui.

sexta-feira, julho 21, 2006

Ana Beatriz


Preparem-se pra acompanhar o crescimento de mais uma sobrinha, aqui no sítio. Ela nasceu, finalmente, às 21h do dia 16 de julho. Vai fazer quase uma semana e eu tou toda derretida por Ana Beatriz. Tem carinha de joelho, olho zarolho, e é linda, tão linda, que eu fiquei toda boba diante do bercinho na maternidade. É minha sobrinha: não de sangue, mas de coração. Parentesco conquistado desde que os pais se tornaram meus irmãos, ao longo dos anos. Foi bater o olho nela, horas depois de nascida, e querer pegar no colo. Ninguém tinha feito isso: nem a avó, nem o pai, ninguém. Mas eu pedi licença e agarrei esse embrulhinho precioso e quentinho por mais de uma hora. Adoro bebês, e alguns, como ela, são especiais desde sempre. Bia é calminha, calminha, mas já encara a gente de frente e faz cara de quem está pensando bastante sobre esse bando de gente esquisita que habita o mundo. É canceriana com ascendente em peixes, o que significa uma menininha transbordante de compaixão e amor, de natureza sensível, emotiva, compreensiva, uma espécie de espelho onde a gente pode ver nossas almas refletidas - li isso quando fui traçar o mapa astral dela no Personare e prontamente concordei, afinal nunca encontro palavras doces demais pra me referir a quem eu gosto e eu já amo minha afilhada desde muito antes de eu poder olhar a carinha dela.

Mi casa, su casa

Decidi que preciso ter uma casa, um pouso fixo em Caruaru, pra ter tempo de escrever minha tese e não ficar indo e voltando quatro vezes por semana, diariamente, enfiada por quatro horas num micro-ônibus. Daí hoje conversei com um colega da faculdade e fui olhar o condomínio onde ele alugava um quitinete infame, por quase R$ 400. Achei o preço aburdo, me neguei a pagar - e de repente, como por milagre, na outra esquina tinha um apartamentinho de dois quartos, ventilado, bem legal, pelo mesmo preço. Na hora, dei a cantada: vamos dividir? E ele, maluco, topou. De maneira que agora vou brincar de casinha com Alan! Lá vai ter um quarto e um banheiro pra cada um, fica perto de uma academia onde quero fazer natação, e acho que minha vidinha vai ficar bem melhor, podendo contar com um ninho extra. Durante a semana estarei por lá, pessoal. Tou feliz, tou esperançosa.

terça-feira, julho 18, 2006

Nas terras do rei maracatu

Começou o projeto do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Zona da Mata de Pernambuco (Promata), através do qual estamos apresentando meu livro e os outros dois volumes da Coleção Maracatus e Maracatuzeiros a professores de primeiro grau de onze municípios diferentes da região.
A abertura foi na sexta passada, em Nazaré da Mata, e foi emocionante poder dialogar com essas pessoas e perceber, na platéia, a presença de vários mestres da cultura popular. Espero que nossos livros, e essas discussões, sirvam de subsídio para que o maracatu rural seja mais discutido e trabalhado dentro das escolas públicas locais, fortalecendo a identidade, a cultura, o turismo... Abaixo, a previsão dos encontros.
14 de julho - Nazaré da Mata
19 de julho - Aliança
21 de julho - Condado
28 de julho - Buenos Aires
02 de agosto - Vicência
04 de agosto - Itaquitinga
11 de agosto - Carpina
16 de agosto - Lagoa do Itaenga
18 de agosto - Paudalho
25 de agosto - Tracunhaém
30 de agosto - Goiana

sábado, julho 15, 2006

Felicidades

Hoje é aniversário dela, de Tati, minha baiana arretada, irmãzinha linda que vive no Rio.
Hoje chegam do Rio Thatá e Tomé, casal sambamante muito amado, pra fazer eu matar um tantinho da saudade.
E amanhã nasce minha sobrinha-afilhada Ana Beatriz, no Hospital Esperança.
A vida tá meio trapaiada, mas eu tou muito, muito feliz!

quinta-feira, julho 13, 2006

Ai se eu tivesse asas, inda hoje eu via Nana...


Fale mal da internet quem quiser, que eu defenderei até a morte as novas tecnologias. Hoje eu passei uma hora e meia fofocando com minha amiga Mariana de Almeida, que é chique e tá morando e estudando em Washington. Gosto tanto dessa menina que ela nem sabe, ou sabe, e retribui. Minha irmã, mais que amiga. Pois bem, pudemos falar abobrinha no Skype por esse tempo todo. De graça! Eu tava com tanta saudade, foi tão bom. Só não digo que uma oportunidade dessas não tem preço porque tem, sim. E eu não tenho condições de pagar o custo de ligações internacionais desse porte!

segunda-feira, julho 10, 2006

Auauau


Eu voltava tarde pra casa e, toda noite, lá estava o viralata na esquina. Eu sabia que era o mesmo pelo tamanho - era bem grande - e pela peculiaridade de ter um olho castanho e outro azul. Ele me farejava, meio cismado, mas, com o tempo, ficou meu amigo: latia, me cumprimentando, de longe, e me acompanhava até a porta do prédio, no fim da rua. Um dia comentei com meu irmão Gabriel a delicadeza do cachorro, como eu achava legal ele me fazer companhia. Aí Gabi virou pra mim bem sério e perguntou: e tu nunca dá nem um real pra ele?

sábado, julho 08, 2006

Grande encontro


Enfim se conheceram, Melguinha e Tatá, meus amigos queridos de quem sinto saudade. Soube que divertiram-se na balada e discorreram sobre a questão do approach dos cariocas em relação às pernambucanas. Notório problema, causa sempre estranhamento e rende uma tese. Cheiro pros dois!

quarta-feira, julho 05, 2006

Milton, pra Debinha

"Toda vida existe pra iluminar
o caminho de outras vidas que a gente encontrar
homem algum será deserto ou ilha
como não pode o rio negar o mar
seja lá em qualquer norte ou sul
seja lá na Dinamarca ou aqui
sonhe um sonho solidário
faz crescer o amor diário
faz um amigo em cada rua ou bar"

terça-feira, julho 04, 2006

GG Magazine


Estreei como colaboradora da revista virtual GG Magazine. Leiam aqui a crônica que fiz, falando de Ronaldinho... Ficou subitamente defasada, mas, fazer o quê.