
Meu irmão Guilherme, aos três anos, foi matriculado numa escolinha furreca lá perto de casa. Mamãe pediu que eu o buscasse, às cinco da tarde – e que não demorasse, pois ele poderia ficar aperreado. Chegando lá, pedi pra buscarem Guilherme, no Maternalzinho. O porteiro foi e voltou rapidinho.
-Não tem nenhum Guilherme lá.
-Tem sim, moço, ele começou hoje.
Ele foi e voltou outra vez.
-Tem não, moça.
-Tem, moço. No Maternalzinho, eu tenho certeza.
O negócio começou a ficar chato, eu insistindo de um lado e ele negando do outro, e eu só pensando no que é que teria acontecido pra extraviarem o menino.
-Me leva lá na sala, por favor – pedi.
Foi botar o pé no recinto e lá veio ele gritando, “Nana, Nana”. A professora, sem graça, falou:
-Mas o nome desse menino é Fred.
-É nada, é meu irmão, é Guilherme.
-Mas ele passou o dia atendendo como Fred...
-Mas é Guilherme, moça, tou dizendo que é meu irmão.
Aí ela virou e perguntou o nome dele.
-Blébi – respondeu.
-Não tem nenhum Guilherme lá.
-Tem sim, moço, ele começou hoje.
Ele foi e voltou outra vez.
-Tem não, moça.
-Tem, moço. No Maternalzinho, eu tenho certeza.
O negócio começou a ficar chato, eu insistindo de um lado e ele negando do outro, e eu só pensando no que é que teria acontecido pra extraviarem o menino.
-Me leva lá na sala, por favor – pedi.
Foi botar o pé no recinto e lá veio ele gritando, “Nana, Nana”. A professora, sem graça, falou:
-Mas o nome desse menino é Fred.
-É nada, é meu irmão, é Guilherme.
-Mas ele passou o dia atendendo como Fred...
-Mas é Guilherme, moça, tou dizendo que é meu irmão.
Aí ela virou e perguntou o nome dele.
-Blébi – respondeu.