quarta-feira, maio 31, 2006

Infância - 2


Meu irmão Guilherme, aos três anos, foi matriculado numa escolinha furreca lá perto de casa. Mamãe pediu que eu o buscasse, às cinco da tarde – e que não demorasse, pois ele poderia ficar aperreado. Chegando lá, pedi pra buscarem Guilherme, no Maternalzinho. O porteiro foi e voltou rapidinho.
-Não tem nenhum Guilherme
lá.
-Tem sim, moço, ele começou hoje.
Ele foi e voltou outra vez.
-Tem não, moça.
-Tem, moço. No Maternalzinho, eu tenho certeza.
O negócio começou a ficar chato, eu insistindo de um lado e ele negando do outro, e eu só pensando no que é que teria acontecido pra extraviarem o menino.
-Me leva lá na sala, por favor – pedi.
Foi botar o pé no recinto e lá veio ele gritando, “Nana, Nana”. A professora, sem graça, falou:
-Mas o nome desse menino é Fred.
-É nada, é meu irmão, é Guilherme.
-Mas ele passou o dia atendendo como Fred...
-Mas é Guilherme, moça, tou dizendo que é meu irmão.
Aí ela virou e perguntou o nome dele.
-Blébi – respondeu.

terça-feira, maio 30, 2006

Chega, junho!


"É trinta dias de festa
E o povo correndo atrás
Mulher sem querer não presta
Mas querendo é bom demais
Mulher querendo é bom demais
Mulher querendo é bom demais
Mulher sem querer não presta
Mas querendo é bom demais"


*Ganhei de um aluno o cd novo de Azulão, que tem esse forrozinho MASSA!
** Tou feliz da vida de poder curtir as festas juninas. Ano passado foi barra!

domingo, maio 28, 2006

Infância


Ele tinha quase três anos e vivia cercado de mulheres. Freud deve explicar o motivo de, de repente, ele começar a interagir com o próprio pênis. Não sei dizer se manipulava o bichinho; o negócio da ‘pitoca’ do meu irmão era falar, cantar, se comunicar. À noite, juntinhos no beliche em que nós dois dormíamos, eu me irritava com a cantoria. “Cala a boca, Gabriel!” “Não sou eu, é ela”, retrucava de volta. E a barulheira continuava até eu partir para a ignorância ou a babá intervir.
Uma vez, como animal marcando território, ele fez xixi em todas as gavetas de roupa – mas só nas dele. De maldade, a babá deixou-o dois dias vestindo as minhas roupas, e pra um machinho em formação, não teve castigo pior que usar sainha e blusa de manga fofa. Nunca mais repetiu a dose.
Mas a melhor história da pitoca foi na natação. Eu e ele começamos cedinho, pois morávamos na praia e mamãe temia que a gente se afogasse. Um dia, a mãe de um coleguinha foi conversar com o professor, que saiu todo molhado e seminu da piscina. Gabriel se meteu entre os dois, muito interessado. “Professor, a sua pitoca fala?” O cara fingiu que não ouviu. “Professor, a sua pitoca fala?”, insistiu Gabriel. O professor, agoniado, botou a mão na frente da sunga e tentou disfarçar a pergunta inconveniente. ““PROFESSOR, A SUA PITOCA FALA?”, berrou Gabriel, cutucando o mestre. “Não, Gabriel, não fala”, respondeu o professor, irritado e sem-graça. “Ah tá... Pois a minha fala...” E olhando pra mãe do menino: “A minha fala... Olá, minha senhora!”

sábado, maio 27, 2006

Historinha adolescente

Um dia, minha vizinha e amiga de infância sonhou com um número de telefone desconhecido: o prefixo era 361, o do nosso bairro. Sonhou que era o número de um rapaz lindo e charmoso. Mas logo ela, a criatura mais atirada que eu já conheci, não teve coragem de telefonar pra checar. Do alto dos meus 15 anos, tinindo de atrevimento e falta de juízo, liguei eu.
“Boa tarde, moça”, disse à mulher que atendeu. “É que o rapaz que mora aí me deu esse número, mas eu esqueci o nome dele”. “Ah, Marconi”, falou ela, sem a menor desconfiança. “Um momentinho que já vou chamar”. E foi. E ele atendeu. E eu, no maior desplante, depois de dez minutos de conversa – “oi, Marconi, tudo bem?” – contei a ele a história maluca inteira. Marconi tinha 17 anos e não sei se acreditou, mas claro que ficou curioso. Depois de mais uns dois telefonemas (minha amiga sempre sem querer falar com ele, morta de vergonha), marcamos de nos encontrarmos.
Não lembro onde combinamos – se na Jan-Ju, a sorveteria do bairro onde tudo acontecia; se na praia; se no shopping; se no próprio prédio. Eu fui, como intérprete do casal. Minha amiga cheia de dedos, roxa, como se fosse morrer.
Marconi tinha espinhas, era gordinho, cara de bom rapaz, e mais eu não lembro agora. Não parecia com o rapaz do sonho e ela se desinteressou dele - que não chegou a se interessar por ela, mas botou logo o olho em mim.
Este poderia ser o início de uma linda história de amor, mas Marconi, tadinho, não sabia por onde começar. Passou dias e dias me ensinando a jogar vinte-e-um, relancinho, todos os jogos do baralho. Nunca arriscou nem a pegar na minha mão. E eu, malvada que sou, aficcionada que sou por homens severgonhos (dá uma tese, longas histórias), aos poucos comecei a fugir do rapaz, de um jeito tão natural que até hoje não sei dizer como Marconi sumiu.
Fico aqui pensando, se ao invés de telefonar, a gente não devia ter jogado no bicho...

Latente


...E enquanto não sei meu tempo, meu espaço,
Enquanto sigo sendo enquanto, e no entanto,
Sonho pra nós um futuro, um quando,
Tempo de ser e não de estar.

quinta-feira, maio 25, 2006

Moral demais pr'um ser humano...

Frase de despedida da minha aluna, na saída da aula de ontem: "tchau, meninona!"

quarta-feira, maio 24, 2006

Nietzsche


"Odeio quem me rouba a solidão
sem verdadeiramente me oferecer companhia"

Declaração de amor


"Amo meu filhinho até quando boto o shampoo no cabelo e percebo uma diferença no cheiro e na consistência, e descubro que ele adicionou pasta de dente e xarope pra tosse pra melhorar a fórmula" -- Fá Jones

segunda-feira, maio 22, 2006

"Já que você não está aqui,o que posso fazer é cuidar de mim"

Neste fim de semana tive certeza do que, no fundo do meu coração, eu já sabia: Leo não vem. Desde janeiro estávamos espichando essa dor, fantasiando a idéia de que a separação da gente não era definitiva. Pediu aviso prévio, foi cozinhado e me cozinhou por cinco meses, e na semana passada veio a proposta irrecusável - dobraram o salário, ofereceram mil vantagens no trabalho, e nessa hora a gente tem que pensar com a cabeça, por mais que o coração doa.
Agora eu tenho certeza de que vai demorar um bocado pra eu poder dar um abraço nele, e ouvir a risada mais gostosa que existe no mundo. Estar com esse pirraia de olho safado, homem transparente e direto.
Agora eu tenho certeza de que sou de novo uma mulher 'desimpedida', sem saber muito bem o que fazer com essa liberdade.
Agora eu sei que vou passar o dia dos namorados sem ursinho, sem beijo e sem dengo.
Mas eu sei também que a história da gente não terminou por aqui e que um dia vamos poder resgatar, senão todo, uma boa parte desse carinho. Meu Preto foi sempre amor a mais, um completo saldo positivo, que preencheu minha vida de alegria e doçura por um tempo absurdamente curto, sem nunca cobrar nem forçar coisa nenhuma. A história da gente sempre foi, mais que tudo, leve. E é com leveza que aceito a decisão dele de ficar no Rio, como ele aceitou a minha de voltar pra Recife. Aceito a ausência dele, junto com todos os reencontros que a vida há de nos proporcionar.
Pra ele, posto a musiquinha que cantou pra mim, na última vez que fomos à Feira de São Cristóvão:
De tarde quero descansar, chegar até a praia
Ver se o vento ainda está forte
E vai ser bom subir nas pedras.
Sei que faço isso para esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora.
Agora tão longe
Vê, a linha do horizonte me distrai:
Dos nossos planos é que tenho mais saudade
Quando olhávamos na mesma direção.
Aonde esta você agora, além de aqui dentro de mim?
Agimos certo sem querer, foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo o tempo todo
Quando vejo o mar, existe algo que diz:
A vida continua e se entregar é uma bobagem
Já que você não está aqui, o que posso fazer é cuidar de mim.
Quero ser feliz ao menos
Lembra que o plano era ficarmos bem?
Ei, olha o que achei: cavalos marinhos.
("Vento no Litoral", Legião Urbana)

sexta-feira, maio 19, 2006

Pra além do arco-íris


Soube pelo sítio do meu amigo Raimundo que anteontem, 17 de maio, foi o dia internacional de luta contra a homofobia. Posto aqui um beijo para meus amigos gays e lésbicas, que são vários e muito queridos, homens e mulheres que são obrigados a lutar, cotidianamente, para poder expressar sua sexualidade e terem os mesmos direitos que os demais cidadãos. Fico aqui pensando no falecido Filó. Em Hernandez, encantador colega de trabalho de minha mãe que era também meio mentiroso e cegueta (pois quando eu era adolescente, dizia me achar a cara de Isabelle Adjani), o primeiro ser humano que vi agonizar e morrer por culpa da maldita Aids. No amigo sensível e delicado, que frequenta guetos horrorosos onde encontra pessoas que, além da preferência sexual, pouco ou nada têm a ver com ele. No outro amigo lindo e generoso cuja família não o aceita e esconde como se fosse um furúnculo, uma vergonha, um 'viado', mas a quem recorrem e exploram quando precisam de dinheiro. Na amiga amada com quem me hospedei e dormi várias vezes em viagens diversas, e com quem galhofeiramente jurei que hei de namorar se, um dia, me surgir vontade de ficar com mulher. Nos vários casais felizes de lésbicas que conheci quando trabalhava numa ong feminista. E nos problemas que todos eles enfrentam ou enfrentaram, simplesmente pelo fato de serem diferentes. Na impossibilidade, ou, no mínimo, dificuldade que têm de pegar em público na mão do ser amado, beijar, planejar seus presentes e futuros. Ah, não precisa parir pra saber que dói. Eu não sou negra, eu não sou lésbica, eu não sou pobre - mas quem sabe Deus me fez ser fora do padrão-Larissa para que eu pudesse conhecer o que é preconceito e saber que o bom e o belo existem de várias formas. Amor é amor, gente é gente, nisso não cabe rótulo. E eu, que era "setorista das minorias" na época em que trabalhava em jornal, sempre tentei mostrar isso às pessoas, e tive o prazer de ver que apesar de tanto sofrimento e de tantas mortes inúteis, e à custa de muito esforço, as coisas estão melhorando, sim. Quem sabe meus netos vão ter o caráter como único fator de avaliação perante os demais seres humanos.

Msn


"Ninguém consegue se apaixonar pouco por você. Sua lembrança será sempre mágica pra mim"

quarta-feira, maio 17, 2006

Parabéns


É aniversário de Miminho, meu irmão Guilherme, de quem troquei tanta fralda, puxei orelha e fiz malvadezas durante a infância. Hoje ele completa 25 anos. Deixo aqui meu beijo pra ele! Juízo, garoto.

terça-feira, maio 16, 2006

Demência


Sábado à noite, fui pra Olinda bater perna com Eva e Noá. Enchi o cabelo de florzinhas de jasmim, para mim o símbolo principal daquela cidade. Fomos pra Bodega do Véio, pra dona Darci, pro Xinxim da Baiana - e no meio do caminho, passamos no Lampião a Gás, procurando um amigo meu. O bar tava fechado, só tinha um cachorro grande, mas bonitinho, tomando conta. "Tadinho do bichinho", falei eu, botando a mão pela grade pra ele lamber. E ele lambeu, e pulou, e balançou o rabinho, e fez barulhinho de 'choro' quando fui embora. Aí ontem eu falei com o dono do bicho, tirando onda do péssimo cão de guarda que ele se apresentou. Pra meu espanto e horror, descobri que o fofo nada mais é que um pitbull quase adulto, chamado King.

Das utopias


Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!

(Mário Quintana, "Espelho Mágico")

Sonetos que não são


Aflição de ser eu e não ser outra.
Aflição de não ser, amor, aquela
Que muitas filhas te deu, casou donzela
E à noite se prepara e se adivinha

Objeto de amor, atenta e bela.
Aflição de não ser a grande ilha
Que te retém e não te desespera.
(A noite como fera se avizinha.)

Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel

Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove.
E sendo água, amor, querer ser terra.

domingo, maio 14, 2006

Eu quero, eu preciso


Liguei pra Joanita, mãe de Eva. Falei com minhas três tias. Planejei visitar minha avó, de tarde. E fui almoçar com dona Dulce, minha ex-sogra e amiga eterna, mãe postiça de quem, como eu, não tem o que fazer no dia das mães. Levei o pacote do presente numa mão, camarões comprados na oferta na outra, e quando baldeei de ônibus, rumo a Jardim São Paulo, caí de um jeito estrondoso no asfalto, no meio da rua, de cima de uma calçada alta. Quem estava na parada, viu tudo, até minhas obturações. Uma mulher magrinha, de um metro e meio de altura, correu pra me levantar (!), enquanto eu, atordoada, vigiava pra nenhum carro me atropelar, catava os camarões e o presente, e pedia a ela, 'espera, moça, só um segundo' - porque a dor no tornozelo era lancinante. É, torci o pé. E não tenho plano de saúde e preciso ir trabalhar, então estou tentando ao máximo evitar engessar o bicho. Mas tem um calombo nele, a dor não passa com gelo nem gelol, e na volta para casa, ouvindo uma menininha de três anos gritar por mais de meia hora 'eu quero a minha mãe', aproveitei a deixa pra dar vazão à saudade da minha, e chorar também.

Coloquei um “contador” aqui no sítio, pra ter uma idéia dos acessos. Caí pra trás com os resultados: tenho uma média de 24 visitas por dia, totalizando 215 na última semana. Gente de Recife e do Rio, mas também de São Paulo, Brasília, Caxias do Sul, João Pessoa, Niterói, Maceió, Curitiba, Três Ilhas (MG), Caxias do Sul e Canoas (RS), Santa Iria, Americana e Jaguarina (SP), Ipojuca (PE), Cueira (BA), Santa Rita (PB), Ji-paraná (RR), Brasa (PI), Serra (ES), Lambeth, Doveridge, Stoke-on-Trent e Redbridge (Inglaterra), e até um insuspeitado morador de Findon (Austrália). O susto que tomei foi grande e ainda não sei como interpretar o fato de aqui expor minhas tripas, em escala mundial...

terça-feira, maio 09, 2006

"Ensaio"


Por incrível que pareça, eu não tenho máquina digital. Sempre protelo a decisão de comprar uma (quero uma realmente legal, com hipermegapixels etc etc). Mas de vez em quando, pego uma emprestada (a de Bibiu, a do antigo trabalho, e ultimamente, a de minha amiga Mari Melga). Aí, tome a ser auto-referente, a fazer esses auto-retratos malucos que vocês acabam conferindo por aqui no blogue. Pois é, fiz uma nova safra. Quem quiser, confira aqui.

Achei na internet - não sei quem é nem de onde vem, mas é bonito


a borboleta voou
da relva ao ramo:
pétala de volta à flor

(Bernardo Souto)

domingo, maio 07, 2006

Surpresa


Esta maluca linda (que conheci aqui no blogue e virou minha amiga) ligou ontem de Londres, e passou mais de uma hora fofocando comigo. Coisa esquisita e deliciosa, senti-la 'materializada'. Mal posso esperar até julho pra te dar meu abraço ao vivo, Fafá.

Zoológico

Mamãe nos levava muito e sempre ao zoológico, quando crianças. Esta aí acima sou eu, com cerca de um ano, visitando os bichinhos. Abaixo, com vocês, Luluca...
É, ontem Bibiu repetiu o passeio, levando Luiza ao zôo pela primeira vez. Ela chamou todos os bichos de "au" e quando gostava de algo, abria muito a boca, apontava e dizia: "ó, ó". Confiram as fotos aqui.

sexta-feira, maio 05, 2006

Hum...


Eu fui na cidade, senti um troço mexendo na minha cabeça, fui pegar, e levei uma ferroada de abelha no indicador. Aí fui na casa de um amigo de Samuca, comer churrasco, e um marimbondo - do nada! - picou minha canela. Tava com cólica, pedi um remédio na faculdade, e tive uma crise alérgica à dipirona, e quase morro. Ô vida, ô azar... Aí hoje entro no site do CircuitoPE e descubro que ganhei um cd - o segundo, em um mês. Gostei, mas não gostei... Primeiro, vai que dá azar no amor. Segundo, a Megasena acumulou - e eu não quero gastar minha sorte, hehehe!

quarta-feira, maio 03, 2006

Lavadeira


Mal tinha acabado a 'festa do cabide', peguei uma van com Evita, Noá, Joana e João, e rumamos pra Praia do Paiva, pra vigésima Festa da Lavadeira. Acho que fui a umas duas ou três edições ao longo da vida, e normalmente me divertia.
A de segunda foi meio esquisita, por causa do povo meio estranho que foi (é fogo, quando a moda pega) e porque arrumamos um transporte 'roubada', que só nos resgatou no meio do mato às 22h, quando não tinha mais nada nem ninguém. Bom, mas serviu pra eu dançar muito afoxé com o Oxum Pandá e, no fim da noite, me esbaldei com o Coco de Raízes de Arcoverde. Fazia exatamente um ano que eu tinha visto eles se apresentarem, lá no Rio, junto com meu querido "tabacudo" Nininho...
Ai, que saudade. Dancei que me acabei e dei uma choradinha básica, vendo Irã cantar "Acorda Criança" (sempre lembro de minha mãe). Pra variar, olha aí a foto de Mariana na platéia, de boca aberta, namorando seu Assis cantar!

03 de maio

Hoje é dia de "homem, menino e mulher"! Quero dar os parabéns a três criaturas especiais. Primeiro, ao último a nascer: Kiichi, filho de Evita, japinha esperto e desenrolado que é touro com ascendente gêmeos que nem eu, e é doce e engraçado e amoroso e adora falar palavrão e contrariar as pessoas. Beijo, Tito!
Depois, comemoro o fato de que Deus escolheu o mesmo dia pra pôr no mundo Dudu e Thatá, dando a ambos um 'certificado de qualidade' - tipo, "olha aí, tem que ser muito bom pra nascer em três de maio". Eduardo eu já conhecia e amava no ano passado, e sentia uma saudade enorme. Cada vez que eu vinha a Recife, passar menos de uma semana, a gente criava rituais pra se encontrar e se mostrar o carinho mútuo: me levava até o aeroporto, tomava um milkshake de café e esperava até o último segundo a hora de sentir saudade. Thaís eu só vim a conhecer em junho de 2005, mas se tornou uma das amigas mais queridas que deixei no Rio - minha clona, taurina danada, Oxum com Xangô que nem eu. Foi lá no churrasco de despedida, na véspera de eu vir embora. E eu vi o olho dela brilhando de vontade de chorar e fugi rapidinho, que eu sou mole demais pra essas coisas.
Dudu das Meninas, que bom poder estar com você vivenciando o dia-a-dia, poder comer pipoca num sábado à tarde, almoçar numa brechinha do trabalho e deixar você roubar o polvo do meu prato, pegar a última sessão do cinema, receber um cafuné. Sei que o carinho que sinto por você é pra sempre, meu lindo; mas poder sentir teu olhar doce e ver teu riso fácil cara-a-cara é bom demais. Beijo, querido. Um só, que depois dou mais ao vivo!
Thatá, que bom que mesmo à distância continuamos presentes na vida e no coração uma da outra. Admiro demais tua simpatia, tua empatia, teu jeito de ser. Essa menina brilha quando passa; é daquela categoria de médicos-seres-humanos tão escassos e tão necessários neste mundo. Samba, canta e encanta, ainda mais agora, que tem amor transbordando em cada poro. Beijo e parabéns, minha linda, dona Cabrocha Sambeira, amiga amada que prometeu que vem em julho - e só por isso, desde já estou feliz.

terça-feira, maio 02, 2006

Festa do cabide


Desde quinta eu ajeitava a casa. E até quinta, não vou terminar de limpar. Mas a festa do meu aniversário, no domingo, foi massa - mesmo só tendo comparecido dois terços dos convidados (não sei o que ia fazer com tanta gente, porque a quantidade de pessoas presentes tava a conta). Eu tava precisando mesmo, achar um jeito de reunir a galera e me reapropriar de meu espaço em terras recifenses.
Na sala teve dj (Evandro, meu lindo), luz estroboscópica, gelo seco. Dançamos do "ratinho tomando banho" até Talking Heads, passando por Clementina de Jesus e Genival Lacerda.
Dadá-buchudinha, Samuca, Frau e Rilton chegaram mais cedo pra encher bola, varrer sala e me ajudar na preparação da comilança: sarapatel de galinha, arrumadinho de bacalhau, cachorro-quente, jujuba, pipoca kinito's, castanha, ô revertério, meu Deus! Metade da cerveja consumida foi jogada no chão e acho que por isso uma hora ele começou a girar, girar... Não teve um espaço da minha humilde morada que não fosse ocupado por pessoas queridas (faltou citar Dani, Derik, Martinha, Claudinha, Marta, Thiago, Dudu, Kesinha, Márcia, Tarta, Zenzi, Nathan, Eva, Noá, Mari Melga e seu Vlad, Bibiu, Gina e Luluca, abusada como ela só...) E apesar da sujeira e da gastança, ah, isso não tem preço! Confiram mais fotos aqui.