
Paralisada. Foi assim que me senti quando soube da novidade: estou grávida. E diante do fato, não tinha como postar mais nada aqui neste blogue: não me sentia preparada para dar a notícia, nem fazia sentido falar sobre qualquer outro assunto banal, trivial, como se minha vida não estivesse em parafuso.
De lá pra cá, tanta coisa.
Adeus, Carnaval.
Adeus, coleta de dados pro doutorado.
Fiquei quinze dias enfiada em casa, grande parte dos quais sobre estrita vigilância médica, com descolamento de placenta - que espero já ter resolvido, após tomar doses cavalares de progesterona que me dão um sono desgraçado.
Meus alunos estão em polvorosa, eu não sei como ficará minha vida profissional, Leo ainda está desempregado.
Mas apesar disso eu estou bem e tenho sonhado diária e claramente com minha mãe e minha avó, e a presença delas me fortalece.
Dentro de mim cresce um serzinho.
Já tem o tamanho de uma azeitona e um coração que bate a 139 pulsações por minuto.
Só isso já me deixa imensamente feliz.