quarta-feira, fevereiro 15, 2006

A coisa mais linda que vem e que passa num doce balanço a caminho do mar...

Essa (vocês sabem!) é Luiza, em fotos tiradas no fim de semana que passou em Pitimbu, com os pais, Gabriel e Regina, e os tios e avós maternos. Eu sou coruja sim, mas não sou cega, ela tá muito linda! Confiram minha fofa.

Esse gostar de praia é de família - que o digam Pepê e Manolo, surfistas de carteirinha; Gabriel, que adorava pescar de arpão e caçar lagosta; minha mamãezinha, que nadava comigo no bucho no alto mar de Boa Viagem até dias antes de dar à luz; e esta que vos fala, que só desistiu de ser afoita após essa leva de tubarões assolando a costa pernambucana. Quando eu era menina, era queimadíssima de sol e a brincadeira legal era ficar nadando de barco em barco, na praia de Candeias, pegando jacaré e arrancando os ouriços dos recifes de coral, ou então construindo na areia castelos imensos ou pessoas esquisitas com cabelo de sargaço e olhos de marisco.

sábado, fevereiro 11, 2006

Se?

Sentimentozinho de alegria triste, de culpa. Saiu o resultado do concurso do Incra, para o qual eu não tive a capacidade de estudar uma linha. Uma vaga para Recife, fiquei em terceiro lugar. Na minha frente, uma moça desconhecida e meu amigo Tarta.

Pior foi o jeito que eu fiquei sabendo: na fila pra Trashdance, pro show de Luiz Caldas (!!!). Ele e Cecília vieram me cumprimentar e eu, com a maior cara de bunda, nem aí. Foi quando realizaram que, apesar de ter pago e participado, eu não tava nem aí pra ir atrás do resultado. Que vergonha, que vergonha, eu sou lesa assim mesmo.
A vaga é uma só e eu dificilmente devo entrar. O castigo é o mesmo de sempre: a tortura de ficar pensando - e se eu tivesse estudado?


sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Meu próximo sobrinho


Ele (ou ela) tá no bucho de Dadá. Vai se chamar Ana Beatriz, se for menina. Ou Ailton, que nem o avô, pai de Rilton, se for menino. E eu tou babando previamente porque, além de tia, serei a madrinha dessa figurinha que já se mexe e faz presente em nossas vidas.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Variações sobre o mesmo tema


Duas frases lindas tiradas de dois textos lindos, e que eu quis partilhar com vocês:

Amigo é o que fica depois da ressaca (
Fabrício Carpinejar)

O que sobra das derrotas é a vida (
Samarone Lima)


(Não deixem de ler os textos na íntegra, clicando nos nomes dos rapazes!)

"Fotolog"

Esta é Janine, de Curitiba; amiga virtual que virou real. Está segurando meu "filho"... Espero que ela goste do bichinho, e me dê retorno dizendo o que achou. Beijo, querida!
PS- Dona Fá, também preparei um kit pra você; ainda não mandei porque vai uma surpresa extra (que é surpresa, não digo o que é!) e eu ando tão doida no mundo, que ainda não dei conta de preparar tudo. Muito legal saber que se pode fazer presente e importante na vida de outra pessoa, sem jamais ter estado na presença dela, não é?

Linda da titia




Esse vestidinho verde, que quase nem cabe nela, foi comprado em Caruaru anteontem, comemorando minha contratação. Vejam só a bibinha como tá linda!

É impressão, ou parece?

Mariana, 1973


Luiza, 2006

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Alegria

Ontem fui contratada para dar aulas numa segunda faculdade, o que fecha meu horário: vou trabalhar à noite, diariamente, de segunda a sexta, e ficar com o dia livre para frilas, para iniciar (finalmente!) minha pesquisa e, se Deus quiser, para viver.

Isso me deixa tranquila, pois meu maior receio ao regressar para Recife era ficar sem trabalho.

Coincidência ou não, o lugar que vou ocupar era de Florilton. No dia em que escrevi sobre ele, me telefonaram da faculdade, e ontem fui lá participar da banca. Nervosa, até porque estou sem meus livros (ainda em trânsito, entre o Rio e Recife). Mas deu tudo certo, graças a meus amigos Sérgio e Antônio, a quem aporrinhei bastante... e que, não por coincidência, eram amigos de Flô. Pensei nele, quando estava lá. Achei bonito, os alunos já rebatizaram o DCE da faculdade com o nome dele. Senti as pessoas chocadas com a brutalidade que é o falecimento de um jovem de 30 anos, por mais que ele tenha morrido feliz, após realizar um sonho...

Mas não quero falar de tristeza aqui: eu estou muito feliz. E me diverti pra caramba ontem, até conseguir chegar na faculdade. Durante o período letivo eles têm um ônibus gratuito próprio, para servir aos professores; mas ontem eu tive que ir by myself. Peguei dois ônibus, metrô, depois um ônibus intermunicipal (ela fica em Caruaru, a 1h30 de distância de Recife). Chegando lá, a orientação era pegar um táxi, "mais ou menos R$ 20". Ora, R$ 18 é a passagem Recife-Caruaru!, achei desaforo e peguei... um mototáxi, a R$ 3 - meio de transporte comuníssimo no interior, mas eu fui com um certo medo, pois só tinha andado de moto uma vez. Lá, depois do processo todo (banca, entrevista, departamento pessoal...), teria que pegar um táxi até a rodoviária e lá, a condução para Recife, mas peguei dois ônibus locais e na rodoviária, embarquei numa "lotação" que por R$ 25 me deixou na porta de casa, em Setúbal. Faltou só andar de jegue e de bicicleta. Pra completar, conheci uma figuraça na "lotação" de volta - uma moça chamada Katherine, que faz esse trajeto diário e que pegou meu telefone, pra gente gargalhar mais vezes juntas.

Juízo, hein? Ê, vida.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Programa Quintal


Sábado foi minha última entrevista sobre o livro, no Programa Quintal (Rádio Folha). Ri muito com Catarina e Karlilian e falei sobre meu trabalho. Já tou quase ficando acostumada (ainda é difícil falar, principalmente se for na televisão, mas tou me desenrolando). Fica aí um registro pra vocês. Tem uma imagem parecida no fotolog delas. O tragicômico é que eu fui com uma roupa velha e largada, crente que não ia aparecer. Aí, quando eu vejo, sacam a máquina... É o vestidinho vermelho fazendo história! Hahahaha.

domingo, fevereiro 05, 2006

Ádrea manda mais fotos...

Estas são algumas das fotos do churrasco de despedida, no meu último fim de semana no Rio de Janeiro. Foi na casa de Ruani, essa lindona simpática de cor de rosa. Fica em Santa Teresa. Dia pra rir muito, reunir amigos que até então não se conheciam, e já ficar com saudade prévia!
Para conferir mais imagens desse dia, clique aqui.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Fatumbi

Deixo aqui uma flor para Florilton, que eu só conheci de fama, por ser amigo de tantos amigos - e como reza a lei da matemática, quem gosta de quem eu gosto, merece o meu gostar. Sei que era engraçado, competente e um ótimo jornalista. Vinha torcendo por ele desde que soube estava internado num hospital, após voltar da África debilitado, depois de uma viagem de safári antropológico que ele, fã de Pierre Verger, resolveu fazer. Ouvi os boatos mais loucos, de que pegou uma doença tropical fulminante, que estava na quarentena. Ouvi que já vinha com os pulmões meio ruins e o clima lá foi fatal. Não sei, não quero saber.
Me impressiona que tenha partido justamente ontem, dia de Iemanjá. Espero que como Verger ele tenha renascido no Ifá, que tenha encontrado algo de belo e importante nesta viagem. Que leve com ele o carinho de muita gente que o amava. Que leve a minha rosa branca e a minha promessa de que se existirem outras vidas, e a gente um dia se cruzar, não vou perder a chance de me fazer sua amiga.

Feira 'dos Paraíbas'

Chegaram hoje as primeiras fotos, justo quando começo a sentir mais saudade - e aí elas funcionam como faca de dois gumes, atenuando e atiçando minha vontade de estar com gente de que gosto MUITO. Não contei pra vocês, mas os últimos dias no Rio foram infernais, tentando finalizar trabalhos e embalar minha mudança (tadinho de Leo, que foi quem mais me suportou, num sentido duplo e óbvio).

Na sexta-feira, que era feriado (dia de São Sebastião, padroeiro do Rio), fui com ele à feira de São Cristóvão, acertar os últimos detalhes na transportadora (essa é outra longa história, fiz inúmeras cotações de preço e para trazer de lá uma geladeira, uma máquina de lavar, uma tevê, um sofá-cama e dez caixas de trecos, me pediram de R$ oito mil - sim, oito mil!- até os R$ 900 em que acabei morrendo, contrariada). Claro que, já estando lá, e morrendo de fome, chamamos a Diaba e a Diabinha pra nos fazerem companhia. Eram quase três da tarde quando sentamos numa barraca, comemos uma galinha à cabidela borrachenta e horrorosa, e Ádrea e Jade chegaram por lá - a mãe com uma máquina digital na mão, a filha com um riso empoleirado na cara.

Minha primeira providência como deseducadora foi aproveitar uma distração da Diaba e passar R$ 10 pra Diabinha - "é nosso segredo, é pra você comprar o que quiser". Isso melhorou bastante o humor e a disposição da criatura, que apesar de gente boníssima tem apenas seis anos e odeia programa de adulto, ainda mais quando inventam de beber cerveja que nem Leo faz. E começaram as compras: ... um passarinho azul e pulador a R$ 2...

...dez minutos de cama elástica... ....potes de sorvete de açaí (ela é do Pará, dá pra notar?) e um pintinho de corda. Jade é o cão em figura de gente e logo nos mostrou que sabe usar os recursos da máquina digital melhor que qualquer adulto. Quando, me digam, a gente ia descobrir essa moldura brega-mimosa de florzinhas, que ela fez o favor de inserir em todas as fotos que bateu?

Mas a parte mais engraçada do dia foi quando já estávamos indo embora. Ouvimos uns gritos horríveis, como um porco que estivesse sendo sacrificado, uma coisa pavorosa e indescritível. Aí, percebemos que era uma pessoa cantando. Não resistimos e fomos ver a cara de tal criatura. Era essa aí: Se vocês estão achando a roupa dela engraçada, é porque não viram o sapato da moça - alto, e de oncinha! Uma coisa! Quando entramos no recinto do karaokê, a garçonete veio correndo com um olhar de súplica e falou: "Por favor, ajudem meus ouvidos, ela é uma ótima cliente, mas da última vez que veio aqui botou 30 fichas na máquina!" Hahaha. Diante do pedido, cada um se sentiu obrigado a cantar uma música. O problema é que a cantora acima não podia esperar quatro pessoas passarem à frente dela, e enfiava as próprias fichas correndo, na hora em que a gente ainda estava de microfone na mão.

Teve um momento em que os trinados ficaram piores e Jade arregalou os olhos, soltando a melhor do dia: "MÃE! Vamos embora, que meus olhos vão estourar! Essa mulher vai destruir a camada de ozônio!"

Por fim, pra alegria da artista que ficou com a máquina só pra ela, nós fomos embora mesmo. No carro, fui tentar imitar os zurros que ela dava, e a mulher que dirigia o automóvel de junto quase bate (cena hilária, juro por Deus). A última visita a São Cristóvão foi um jeito legal de me despedir de um pedacinho do Rio, e as fotos estão aí como testemunhas! Falta só a Diaba me mandar as restantes (surpresa, só falo delas na hora de postar). Beijo, Jade! Beijo, Ádrea! Beijo, Leo! Saudade enorme de vocês.