
Este é meu sítio, onde espero plantar e colher coisas boas. Desde abril de 2005, tenho postado minhas besteirinhas aqui, sem ordem cronológica nem temática - mais ou menos um baú de quinquilharias. Fique à vontade e me dê um alô... PS- Os posts são arquivados por semana. Se quiser olhar os antigos, tem os links lá embaixo, mês a mês.
quarta-feira, novembro 30, 2005
Top, top, top - ugh...

sexta-feira, novembro 25, 2005
Esse é dos meus...

Do vermelho

(Por André Gonçalves)
quinta-feira, novembro 24, 2005
Essas coisas só acontecem comigo!

Casa de Farinha

terça-feira, novembro 22, 2005
...


segunda-feira, novembro 21, 2005
De volta

Cariocas são bonitos
Cariocas são bacanas
Cariocas são sacanas
Cariocas são dourados
Cariocas são modernos
Cariocas são espertos
Cariocas são diretos
Cariocas não gostam de dias nublados
Cariocas nascem bambas
Cariocas nascem craques
Cariocas têm sotaque
Cariocas são alegres
Cariocas são atentos
Cariocas são tão sexys
Cariocas são tão claros
Cariocas não gostam de sinal fechado...
quinta-feira, novembro 17, 2005
Banzo

'Chauffeur'

terça-feira, novembro 15, 2005
segunda-feira, novembro 14, 2005
O encontro com Luiza
domingo, novembro 13, 2005
Peripécias

Perdi o vôo pra Recife. Fiquei muito puta da vida, foi por causa de uma confusão de fuso horário na hora de comprar a passagem. Era pra eu ter embarcado do dia 10 pro dia 11, e não do dia 11 pro dia 12. Quando cheguei no aeroporto, o vôo tinha sido no dia anterior e eu só poderia embarcar se pagasse R$ 430 de multa e diferença tarifária (!!!) . Depois de muito chorar, consegui uma passagem pro mesmo vôo, do sábado pro domingo - aí, "só" gastei R$ 115. Fora os táxis, que custam R$ 30 a corrida. Maior prejuízo.
quinta-feira, novembro 10, 2005
Consulta

quarta-feira, novembro 09, 2005
segunda-feira, novembro 07, 2005
sexta-feira, novembro 04, 2005
Cabeleira

Tilt de novo

quinta-feira, novembro 03, 2005
Angústia
Mariana "Rossi" - ou Meus Fãs Garçons - ou Caboco só desce com destilado
Um dos mais queridos se chama Pereira, e trabalha, ou trabalhava, no Garrafus (ô nome feio, mas dizem que tem história) – bar do lendário Sama, que fica bem pertinho da minha casa em Recife, e era um pouco minha casa, também. Pereira sempre abria o sorrisão quando me via, e perguntava: "o de sempre, Mari?" - e me trazia uma coca-light e um caldinho de feijão.
Toda quinta eu batia ponto no Garrafus, por causa da Quinta do Jazz, evento promovido pelos queridos Evandro e Thelmo e freqüentado por gente linda como meu amigo Orlando. Meus últimos ‘eventos’ em Recife – aniversário, despedida – foram todos no Garrafus.
Eu só fui entender como Pereira se importava comigo no fim do ano passado, quando passei uns dias na terrinha e enlouqueci de alegria. Era aniversário de minha amiga Andreza e tomei sete (sete!) capiroscas de vodca. Aí Pereira se desesperou quando me viu lá, malemolente e cheia de falta de juízo nas idéias. "Mari, tá dirigindo?", perguntou na quarta ou quinta dose. Quando soube que não, trouxe mais duas e depois se negou a servir mais. Não adiantou chantagear - "Pereira, vossssscê é o garxom, vôdedar vosssscê pra Tonho (Tonho é o irmão e sócio de Sama), onde xxá se ffviu deixxxar de trager o que o cliente isssssstá pedindo?" Não teve argumento. Graças a isso, eu voltei pra casa cambaleando, me segurando nos postes, mas ainda consciente dos meus atos. Quer dizer, mais ou menos. Isso só aconteceu depois da bateria da escola de samba ter ido embora (o que não me impediu de requebrar mais um dez minutos, por inércia), de eu ter enchido o saco de Tonho pra tocar "I will survive", de eu ter sentado numa mesa com completos desconhecidos que portavam uma zabumba e um pandeiro e ter puxado, cantado e dançado toooooooodos os cocos e cirandas que meus neurônios em combustão conseguiram lembrar... Vergonha total, eu sei, mas enfim, nenhum cachorro lambeu minha boca e, ao que eu me lembre, ainda posso voltar no Garrafus sem maiores sofrimentos e sem risco de ser linchada...
Outro garçom meu amigo é Baixinho, pedaço de cearense de um metro e meio que trabalha no Sonho Lindo, um pé-sujo que fica embaixo do meu prédio. Abre o riso quando me vê, toda manhã, e me dá bom-dia. À noite, se for o caso, ele dá o alarme: “não come isso não”, sussurra, se eu resolver pedir algum salgado que já foi produzido há muito tempo e está adquirindo coloração duvidosa. Quando eu volto das baladas, larga qualquer cliente pra me vender água ou coca-cola (é notório, não gosto de cerveja). E um dia desses me deu a maior prova de amor: me chamou correndo da rua, “ei, ei!”, e enfiou um taco de bolo de chocolate na minha boca – “prova aí, vê se tá bom!”
A Cinelândia, aqui no Rio, virou minha casa, graças a Duda e a Nininho, que me apresentaram ao Doradinho, que tem um espetinho legal e um banheiro pavoroso, onde as baratas morrem ao entrar (não sei se afogadas, não sei se pelo cheiro – e não sei como é que eu tenho coragem de dizer que gosto da comida de um lugar que tem um banheiro desses, mas gosto). Lá tem seu Amaro, conterrâneo que só me chama de ‘princesa’ e grita de longe "já chegaram" ou "não tão aqui ainda não", pra avisar da presença ou ausência de meus pariceiros. Quando eu não vou, pergunta por mim. E já aprendeu a não me servir mais de duas doses de gengibre por noite (é um troço à base de cachaça que desce quente; a primeira dose torna a fala mole, a segunda deixa o nariz dormente, e a terceira me faz querer ficar apostando coisas com meus amigos desesperados – quer ver como eu vou naquela mesa, dizer àquele cara que ele é gostoso?, quer ver como eu vou dançar conga-la-conga em cima da tampa daquele bueiro? – ou então entrar em crise existencial – ninguém me dá atenção, ninguém gosta de mim...).
Esses são os que me protegem da birita. Porque há os que me ajudam a cair na esparrela. E com a minha cara de pau, que tá se tornando cada dia mais notória, venho me tornando uma expert em conseguir bebida grátis. Curioso é que elas sempre têm nomes exóticos: a batida de vodca com leite condensado e licor de banana do Teatro Odisséia se chama King Kong, a mistura de vodca com limonada e licor de menta do Negro Gato se chama Diabo Verde. A primeira eu tomei no show da Comadre Fulozinha, no ano passado. Fui pedindo ‘complemento’ de vodca, na maior cara dura, e o garçom achou tão engraçado que ia pondo gelo e vodca, vodca e gelo, e no fim eu não sentia mais gosto nenhum de banana no negócio – mas também não sentia muitas outras coisas, incluindo o chão que pisava, mas abafa a história.
A segunda eu tomei dia 21 de outubro, numa festa de minha amiga Kitty. Pedi lá o troço – caro, visse?, quase dez paus – e me vem uma coisa fosforecente, linda. Quando boto na boca, quase cuspo: que gosto arretado de close-up! Reclamei, claro. Aí o garçom fez um ar de riso, trouxe uma dose nova não tão carregada no licor, mas ainda assim péssima, e o resultado é que passei a noite falando mal e fazendo a bicha render ("traz mais gelo!"). Pensem que nem assim o garçom ficou com raiva de mim! Desceu até a rua quando fui embora (pra ter certeza de que eu não ia voltar?, vai saber), apertou a minha mão e por fim ainda soltou um "tchau, Mari" – e eu nem sabia que ele sabia meu nome!
O último deles é garçom de uma casa de shows cujo nome não vou dizer, porque vai que o dono entra aqui no brógui, hehehe. Lá vende uma cachaça de banana caramelada que é simplesmente deliciosa (Evandro e Zé Vaz, dois puristas, são capazes de bater em mim por eu ventilar tais preferências). Já é a terceira vez que vou lá e morro de vergonha: o rapaz vem, cumprimenta, finge que anota e me traz a bebida de graça! Como cada dose custa mais de cinco contos, desconfio que o caba esteja a fim de me ver de pilequinho, mas enfim, não tenho certeza. Da primeira vez, ainda perguntou se sou parente de fulano, dono do bar. Certo de que não sou, é só correr pro abraço: serve a cachaça na cara dura, pra espanto de outros amigos que freqüentam o lugar há anos e nunca tiveram direito a tal cortesia.
Eu posso!
Eu mereço!