Este fim de semana tive a dimensão do alcance deste blogue doido, depois que tia Rosa voltou de Sampa e me contou que minha prima Bel lê sempre isto aqui. Ontem fiquei mais feliz, porque Beluga me telefonou e eu pude matar um pouco da saudade. Há nada menos que dez anos, morei cinco meses com esta menina. Desde então ela se tornou um pouco minha irmã, porque partilhamos Pepê, José e tia Rosa, além de gostos parecidos (e trajetórias diferentes). Fiquei contente de saber que, de uma forma ou de outra, Bel esteja participando da minha vida - embora minha vida não seja apenas as baboseiras que acabo postando aqui. Um beijo, minha galega!
Este é meu sítio, onde espero plantar e colher coisas boas. Desde abril de 2005, tenho postado minhas besteirinhas aqui, sem ordem cronológica nem temática - mais ou menos um baú de quinquilharias. Fique à vontade e me dê um alô... PS- Os posts são arquivados por semana. Se quiser olhar os antigos, tem os links lá embaixo, mês a mês.
terça-feira, maio 31, 2005
Foto maaaaaaaaaaaaassa
segunda-feira, maio 30, 2005
Mulher

"A mulher não deseja ser mãe de seu homem. Não deseja ser professora de seu homem. Não deseja ser tia de seu homem. Muito menos avó, com chá de boldo na cama. Não fica excitada de colocá-lo de castigo. A mulher não deseja que ele concorde, longe disso. Deseja ser compreendida. Se o homem diz que a compreende, por que ela é obrigada a convencê-lo a todo momento? Não tem lógica. A mulher termina enfastiada com a idéia de repetir a mesma ladainha: "você não me entende?" E ele não entende, apressa entender, que é diferente. A mulher deseja silenciar, mas não silenciar um silêncio qualquer, um silêncio ríspido, um silêncio grosseiro, de talher e cabeça baixa, e sim um silêncio satisfeito, um silêncio de orla, um silêncio de calçadão. Quando a mulher se irrita, não lhe faltam argumentos, ela apenas desistiu de falar. E o homem pensa que ela enfim aceitou sua opinião. A mulher não deseja dar a resposta, está esperando a reação dele. Nunca que pergunte: "o que está pensando", que é a mortalidade infantil do pensamento. Nunca que reclame ou edite o discurso a seu favor. Não adianta fazer ciúme ou fingir remorso. Teatro amador é na escola. A mulher não deseja dar a resposta, o que não significa que não deseja a resposta. É que responder perde a graça, o entusiasmo, o charme. A mulher joga cabra-cega com a boca. Não é um jogo, um mero resultado, a vida do relacionamento depende dessas poucas palavras. É arriscar ou encenar uma falsa sapiência durante cinco dias, cinco meses, cinco anos até acontecer a separação. A paciência tem limite, ora bolas. Ela não vai ficar dando resposta infinitamente. Tampouco deseja que o homem memorize a resposta. Repetir o que ela falou atesta que ele não estava ouvindo. A tática de reiterar a última frase para fingir atenção não funciona mais. Cansa voltar ao ponto de partida, como se nada tivesse existido antes. É simples. A mulher não deseja dar a resposta. Quer ser antecipada, sonhada, imaginada. Tanto faz que ele erre. Deseja ser sondada, visitada, pressentida. A mulher deseja ser adivinhada. A mulher não deseja a resposta certa, não há resposta certa. Deseja ser a resposta que o homem procura fora dela."
(Fabricio Carpinejar)
domingo, maio 29, 2005
Fofa
Regina mandou mais fotos e eu não canso de mostrar como minha gorducha é linda! Ah, que vontade de dar uns arrochos nela... Aqui tem várias fotos desta fase:
Sabadão cultural

Fui com Pepê assistir a uma sessão dupla de curtas aqui pertinho, no Estação Unibanco. Vimos nada menos que seis, sendo quatro maravilhosos e imperdíveis. Vimos "O Jaqueirão do Zeca", de Denise de Moraes e Ricardo Bravo (achei meio confuso), "Jorjão", de Paulo Tiefenthaler (lindo, sobre o mestre da bateria da Mocidade Independente), o velho conhecido "Simião Martiniano, o Camelô do Cinema", de Clara Angélica e Hilton Lacerta; o sensacional "Rua da Escadinha 162", de Márcio Câmara; o ótimo "The Big Boy Show", de Claudio Dager e Leandro Petersen; e "A Degola Fatal", de Clovis Molinari e Ricardo Favilla (meio confuso e pretensioso, sobre o funeral de Glauber Rocha). Acabei não indo mais pra lugar nenhum, mas a noite valeu. Fomos na lambreta de Pepê e foi muito engraçado eu subir e descer dela de saia, para gáudio do porteiro e dos frequentadores do bar aqui de junto do prédio! Eu mereço... Falando em Pepê, ele subiu aqui em casa pela primeira vez e adorou a cara do cafofinho. Mérito de minha amiga Ecatherina, que bolou a decoração daqui...
sábado, maio 28, 2005
Bukowski

A festa de Delano lá no Bukowski terminou às cinco da matina, quando eu, o aniversariante, Geórgia, Artur e Niltão fomos embora, fazendo um pit-stop na padaria pra comer pão com manteiga e média - no meu caso, chocolate. A noite foi muito divertida e qualquer dia desses, quero voltar lá pra dançar. Tou esperando Delano me mandar as fotos pra postar umas aqui, ficaram muito engraçadas...
Aniversário de Pateta
28 de maio é aniversário de Paula Velôzo, minha Pateta, amiga de farras, trabalhos e maluquices desde 1990. A vida afastou a gente, mas eu vou gostar dessa mulé pra sempre. Beijo! E comemora bem a idade nova.
sexta-feira, maio 27, 2005
Saudade, Claudinha...
Mari, tudo bom?
Menina, esse seu blog está me dando vontade de passar as férias no Rio, quando eu tiver férias um dia, claro. Você deverias cobrar uns trocados da Secretaria de Turismo aí dessa cidade por divulgá-la tão bem! Está se saindo uma verdadeira guia turística, viu? E você não sabe o quanto eu rio com essas suas peripécias aí, é minha dose diária de gargalhadas, hahaha! Ah, e fico morrendo de vontade de fazer um blog também, só que sem internet em casa acho que seria um fiasco! Outra coisa: Luluca é linda, mas você ainda não conhece Caio, meu sobrinho! Também é a coisa mais fofa desse mundo, tá com 4 meses, um dia te mando uma foto nova dele.
Um beijão e sorte na vida! Claudinha
Menina, esse seu blog está me dando vontade de passar as férias no Rio, quando eu tiver férias um dia, claro. Você deverias cobrar uns trocados da Secretaria de Turismo aí dessa cidade por divulgá-la tão bem! Está se saindo uma verdadeira guia turística, viu? E você não sabe o quanto eu rio com essas suas peripécias aí, é minha dose diária de gargalhadas, hahaha! Ah, e fico morrendo de vontade de fazer um blog também, só que sem internet em casa acho que seria um fiasco! Outra coisa: Luluca é linda, mas você ainda não conhece Caio, meu sobrinho! Também é a coisa mais fofa desse mundo, tá com 4 meses, um dia te mando uma foto nova dele.
Um beijão e sorte na vida! Claudinha
Mais uma mensagem de Regina

Gabi, Luluca e eu (já com dois anos). Pena que minhas fotos quando bebê ficaram todas em Recife!
"Oi, Mari! Estava olhando uma fotos no computador e cheguei à seguinte conclusão: Luiza é Gabi melhorada.. hehehe.. falando sério.. olha como essa foto de Gabi parece com Luiza, só que ele tinha cabelo claro.... talvez se você encontrar uma foto sua pequena realmente seja parecida, pois vocês duas têm cabelo escuro! Beijos, Regina - snif... snif...PS: mas tem uma foto minha que depois eu vou scanear para voce ver que ela também tem fenótipo meu!"
Gina: azar de Luiza, se não parecer com você! E mesmo que ela não tivesse um fio de cabelo parecido com você, o que NÃO é verdade, o que eu torço é pra que tenha ESTOFO semelhante! Minha sobrinha tem uma grande mãe e meu irmão soube escolher uma mulher maravilhosa pra ser companheira dele. E você é linda por fora e por dentro. Beijo, saudade.
Risonha
"Novidades: não sei se você lembra de umas tartarugas que tia Miriam deu... é um móbile... pois ela adora, quando ela está chorando colocamos ela no berço e ela fica rindo, querendo conversar com elas, é muito engraçado, e olhe que não é exagero meu !!! Beijos, Regina"
Humm...
Oi, Tia Nana, minha mãe tá toda orgulhosa de todos falarem como sou bonita (isso tirando a babação da tia)!!! hehehe! Quando mamãe leu seu blog, que falava que eu não parecia com mamãe, olha a cara que eu fiz...beijos de sua sobrinha Luiza
Regina escreve:
PS1: depois te mando umas fotos lindas que Gabi tirou no celular dele!!!
PS2: é obvio que é brincadeira que faço, quando digo que ela parece comigo é só para "aporrinhar"!!! Por isso tirei uma foto dela chateada... é brincadeira!!! Sei que parece com vocês e acho ótimo! Mas para continuar a bricadeira escrevi isso ai em cima, viu?
Beijos da (agora sou eu) cunhada Regina
Ratimbum!!!

Mais um aniversário... O de hoje é especial: do meu amigo Delano, caba especial que faz meus dias aqui no Rio mais felizes. É bom ter amigos com que contar, e aqui eu ainda tenho poucos na categoria 'amigos de verdade' - ele é um. Adoro rir, ouvir as histórias malucas dele, partilhar segredos... quase telepaticamente, "de alguma forma abstrata mas quase concreta", como escrevi pra ele, certa vez! Mais tarde tou lá na farra, com certeza! Beijo grande, querido!
Upgrade

A partir de hoje, sou a feliz proprietária de uma MESA! Graças a Araújo, que suou um bocado pra poder instalar, botei uma mesinha retrátil na sala, junto da geladeira (quem viu meu espaço sabe como é mínimo). Agora não preciso mais comer em cima da cama nem do computador, e vou ter espaço pra preparar comida, também. Pra completar, pendurei o interfone, o quadro de Carybé que Pepê me deu (tou chique, não?) e um espelho dramático e lindo que Bettina-Peixa me deu, cheio de rosas vermelhas barrocas, que Araújo descreveu como 'espelho de puteiro' (queria ver só se ele visse o corredor da minha casa em Recife...). Diante de tanto incentivo, amanhã vou fazer uma faxina na casa. Ui, ui, ui...
quinta-feira, maio 26, 2005
Sorte...
Comentários sobre a foto de Luiza
As pessoas têm falado um bocado a respeito da última imagem de Luluca que postei aqui. Aline, Ecatherina e Salett dizem que parece comigo. Pepê, que conhece a família de dentro e viu a gente pequeno, diz que ela é "Gabriel bebê de olhos azuis". Queops salvou a foto pra botar de descanso de tela. Kyara disse que ela dá vontade de morder e Dioninha implora fotos novas. Todo mundo, unanimemente, acha que apesar de parecer com o pai e a tia, Luluca é linda - então, acho que minha cunhada Regina nem vai ficar muito triste, da galera não achar Luiza parecida com ela.
Ah! A foto acima mostra a minha mão e a dela, com 15 dias. A mão é herança de família, não dá pra duvidar da semelhança!
Quarta

Quarta de tarde, depois de chegar atrasada de Niterói, fui pro centro encontrar com Araújo, amigo de Nininho (e meu?) que é muito gente boa. O primeiro programa foi o melhor: fomos à Rádio Mec, assistir de graça a um programa de auditório. Tinha um grupo muito legal chamado Garrafieira se apresentando. Amigos de Recife, vai a dica: no site da gravadora Biscoito Fino - http://www.biscoitofino.com.br/bf/cat_cada_cd.php?id=108 - o cd tá custando R$ 22, e deve valer a pena, o show foi tudo de bom. Depois fui conhecer a rádio, os estúdios, a redação... Minhas olheiras e cara de arrasada pela noite anterior assustaram um pouco o rapaz, mas a gente ainda bateu perna pelo centro, depois fomos ao Cine Palácio assistir a um épico porrada-até-umas-hora chamado 'Cruzada'. Surpreendentemente, eu nem dormi, consegui ver o filme todo! De lá, fui embora e quando estava quase em casa, cismei de ir no Rio Sul dar um beijo de parabéns em Belle. Fui rapidinho e voltei e agora vou nanar.
Farra
Terça de noite, fui com Nininho pro lançamento de um dvd chamado Raça Brasileira, no Teatro João Caetano. O troço não tava nem muito legal, porque o som tava estourado e eu fiquei meio sem paciência. Mas foi bom, porque de lá seguimos pra casa de Ierê, um amigo dele que é um puta fotógrafo. Fiquei encantada com o talento do moço! Ele mora num 'prédio histórico' do centro do Rio, o primeiro arranha-céu da cidade, mais conhecido como Balança Mas Não Cai, e essa aí é a vista da janela dele. Junto com ele, além de Nininho e eu, estavam a namorada de Ierê, Luise; Eugenia; Thaís e Zé Vaz. Tudo gente da melhor qualidade! Comemos pizza, Ierê me fez tomar ipioca, Nininho encheu a lata de Ades de laranja e terminamos a noite embaixo do prédio, numa birosca onde tem uma radiola de ficha. Me esbaldei, ouvindo Amado Batista, Dicró e We Are The World - USA for Africa. No bar tinha um elemento estranho que, claro, achou de paquerar comigo - a mesa tava cheia de mulher, mas eu chamo maluco, vocês sabem. Ainda dei um jeito de trocar de lugar, mas aí Nininho percebeu e tirou a maior onda da minha cara. O pior é que o dito cujo ainda deu uma levantada pra ver se conseguia prosseguir com a abordagem. As meninas ainda me disseram, 'ele até parece limpinho, dá uma chance'... Posso com isso?
quarta-feira, maio 25, 2005
Belle
terça-feira, maio 24, 2005
Luluca faz dois meses
Minha sobrinha amada completa hoje dois meses! Mas meu amor por ela vem de muito mais tempo... Pra minha felicidade, hoje recebi um recadinho que ela ditou pra Regina, junto com umas fotos novas (olhem só que bochechas gostosas, e esses olhões que por enquanto continuam azuis!, que vontade de morder essa menina!).
Oi, tia Nana... Tudo bom? Só para lembrar hoje eu completo dois meses... Tô grande, hein? Estou enviando uma foto que mamãe tirou hoje... As bochechas continuam as do papai, porém o resto é todo mamãe, hehehehe ( a disputa continua!!!) Beijos de sua sobrinha Luiza
*Regina, desculpa aí... Mas nesse ponto eu tenho que concordar com Bibiu... Ela é a cara dele quando era bebê, e parece muito comigo também... Vou até tentar postar alguma imagem que mostre isso! Sei que é chato carregar nove meses no bucho uma criatura que apresenta quase que apenas o fenótipo do pai, mas que se há de fazer? Beijão... Hehehe
Mensagem de Tatá
Parabéns pra Mannu
Luz
Post no Orkut de minha amiga portuguesa Maria das Neves, falando do episódio do gato:
"Adoro a Mariana e acho que a gente fazia uma bela dupla. A mim também me acontece cada uma ...que se contasse tudo escrevia diariamente. Hoje quando ia a sair para praia, estava imenso calor, um pardal caiu junto ao meu carro. Era muito pequenino e estava arquejante e de biquinho aberto. Peguei nele e trouxe para casa, dei-lhe água, fiz-lhe reiki e meti-o junto ao coração. Começou a arrebitar e fiquei radiante, mas...falso alarme. Levantou a cabeça muito para cima, abriu as asas a apagou-se. Habitualmente aparecem-me cães abandonados e pobres , ou velhos que não tem ninguem. Mas estas coisas só acontecem porque olhamos o mundo com olhos diferentes uns dos outros e a cada um segundo a sua essencia. Esta Mariana tem uma luz própria..."
Beijo, Maria. Obrigada por você existir...
Mário Quintana

Sentir primeiro, pensar depois.
Perdoar primeiro, julgar depois.
Amar primeiro, educar depois.
Esquecer primeiro, aprender depois.
Libertar primeiro, ensinar depois.
Alimentar primeiro, cantar depois.
Possuir primeiro, contemplar depois.
Agir primeiro, julgar depois.
Navegar primeiro, aportar depois.
Viver primeiro, morrer depois.
Release de Ivanzinho (morri de rir)
Hoje é aniversário de Ivanzinho (parabéns, querido!) Posto aqui o release engraçadissimo que ele mandou pros amigos.Só eliminei o dia e o lugar porque não sei se o dono da festa queria que eu contasse pra todo mundo da internet. Vejam só, a capacidade do rapaz! Beijos, menino!
Extra! Extra! Extra!
Ivanzinho completa 21 anos mais uma vez! Acontece todo ano. Chega o mês de maio e, mais uma vez, Ivan Moraes Filho comemora seu 21" aniversário. O evento, que chega a sua nona edição, acontece pela primeira vez no suntuoso quintal do *** , em Olinda. A brincadeira é no dia *** de maio e começa às 11h (da manhã,viu?) e contará com a presença de vários palhaços.
As primeiras 20 pessoas que chegarem ganharão uma cerveja inteiramente grátis. Não perca. Para ‘agarantir’ a animação da moçada, haverá um som montado e, aqueles que sabem tocar instrumentos musicais deverão trazê-los (isso porque a verba acabou-se no som).
Tapioqueiras, acarajezeiras e queijeiras e cervejeiras da Cidade Alta já garantiram presença. O presente é facultativo e apreciado.
Seuvicio: O que? Festa de 21 anos de Ivanzinho
Quando? Dia *** de maio, a partir das 11h (da manhã!)
Mais um maluco
segunda-feira, maio 23, 2005
Amigo Gato

Hoje tomei coragem e, depois de quase vinte dias de ausência, fui nadar. Tinha passado o dia enfiada em casa e olhar a rua parecia algo novo, diferente. Saí meio atrasada, ainda achei de ajudar uma velhinha muito velhinha que pegou o ônibus errado e tava perdida em frente ao Pinel, e vim correndo pra piscina. Lá chegando, bem no portão de entrada, tinha um gato. No campus da UFRJ da Praia Vermelha tem muitos gatos, e quem me conhece sabe que eu não vejo a menor graça nesses felinos. Mas esse gato - rajado, feioso e viralata - tava parado no muro, na altura do meu rosto, e me encarou. Eu devolvi o olhar e ficamos nos mirando por quase um minuto, completamente parados. Aí eu peguei um papel amassado que tinha na mão e botei em cima do muro. O gato fez uma cara engraçada e veio cheirar o papel, depois se esfregou na minha mão. Fiquei lá alisando ele, por outro bom minuto, pensando com ternura como é bom a gente trocar carinho, mesmo com um GATO! Dei tchau pro novo amigo e entrei na área da piscina, onde a professora me olhava com uma cara meio estranha, embora sorrindo. Depois eu soube que, dos quase vinte gatos que perambulam na área, aquele é o mais arisco, o que nunca chega perto de ninguém, porque já foi maltratado e tem trauma de seres humanos.
Isso é um elogio?
Traduzir-se

Este da foto é meu primo João, retratado por Julieet no fotolog dela (www.fotolog.net/julieet21).
O poema nem é em homenagem a ele, embora eu esteja com saudade - acho que a foto ilustra o que as palavras querem dizer...
Uma parte de mim é todo mundo:
outra parte é ninguém - fundo sem fundo.
Uma parte de mim é multidão:
outra parte estranheza e solidão.
Uma parte de mim pesa, pondera:
outra parte delira.
Uma parte de mim almoça e janta:
outra parte se espanta.
Uma parte de mim é permanente:
outra parte se sabe de repente.
[ Traduzir-se, de Ferreira Gullar ]
Parquinho

Foto Mariana Newlands - http://www.interludio.net
"Meu coração está fechado para balanço.
Mas está aberto pra gangorra e escorregadeira".
Vitor Freire - http://www.cabezamarginal.org/cambalhotas/hidden/cat_microcontos.html
domingo, maio 22, 2005
A menina dança...

Quando eu tinha uns cinco ou seis anos, uma tia velha do marido de minha mãe (!) me chamou de ‘amostrada’, porque dançava alegre e inocentemente numa festinha de aniversário. Que trauma bobo que isso me causou eu não sei, mas me acompanhou durante o resto da infância e por toda a adolescência, quando eu não tinha coragem de dançar nos ‘assustados’ que a gente promovia no meu prédio. O resultado é que fiquei privada dessa alegria por muitos anos – tive até um namorado metido a dançarino de forro que ficou chateado comigo, pois quando a gente saia eu ficava sentada na mesa com os outros homens, enquanto ele requebrava com as namoradas alheias, depois de muito insistir que eu fosse com ele pro salão. Aos poucos fui aprendendo a gostar de dançar, e hoje esta é uma das coisas que mais gosto de fazer. Nada me da tanto prazer quanto o cansaço que bate, depois de uma noite dançando coco, forro, afoxé, samba, rock... Meus amigos se surpreendem, porque em qualquer show ou festa que eu vá, quero estar perto do som – e danço qualquer coisa, qualquer barulhinho que batam na lata tou lá remexendo. Danço com a alma, ‘jorrando felicidade’, como descreveu uma vez meu amigo Danilo. Isso não quer dizer que eu dance bem, mas que a dança me faz bem. Depois de velha, virei uma tímida muito afoita. E amostrada, pronto!
Dilema
André me diz reduza a quantidade e tamanho das imagens na minha página, pois é ruim de carregar e 'compromete o visual do blog'. Tatá e Mayra me dizem que adoram 'olhar as figuras' desta página. Num sei o que faço nesta vida, pra agradar a gregos e baianos...
Amiguinho
O gostosinho da foto é João Vítor, filho de meus amigos Fabiane e Fernando, lá do Recife. O danadinho tá cada vez maior e mais esperto, e Biane me manda sempre fotos. É uma vergonha, nunca o vi pessoalmente, mas fico feliz de poder acompanhar o crescimento dele e de uma série de filhos de amigos como Helder e João Pedro, filhos de Josy e Pedro, Rafael, filho de Paula e Ricardo, Ravi, filho de Olimpio e Fátima, Lili e João, filhos de Cegonha, Bia, filha de Adriana, Robertinho, filho de Luciana, Rara, filha de Evandro e Germana, Kiichi, filho de Eva, Alice e Gil, filhos de Guida, Jade, de Rosa, e Pedro, de Rosa e Xande... Italo, sobrinho de Adriano, que continua sendo meu... Minha priminha Julia e minha sobrinha Luiza... Todos esses nenes eu curti muito, e me fazem uma tia muito feliz. Beijo, João Vítor!
PS- Juça, voce me mandou uma foto da sua Bia, mas eu ainda não consegui abrir! Quero ver a carinha dela...
Dancei, dancei...
A festa de Felipe foi tudo de bom. Tomei caipivodka de tangerina e dancei muito com Mayra, a música e o astral estavam maravilhosos. O dj tocou de Secos e Molhados a Eulino Julião, passando por Pinduca e Nação Zumbi. Me esbaldei!
Fui com Delano e Adriana, mas acabei voltando sozinha. Aí a aventura ficou engraçada: como não passava táxi, peguei uma kombi até a Lapa. Lá, esperei mais de meia hora e nada de onibus nem táxi passar, naquele ponto esquisito. Aí, de repente, vejo o chevetinho branco de Geferson (o nome é com G mesmo) e Marlon gritando meu nome. Os dois são amigos de Nininho e gente boa. Acabei pegando carona com eles até o Catete, onde peguei táxi facinho e ainda economizei uns trocados...
sábado, maio 21, 2005
Ciumenta

Minha querida Bebê-Monstro escreve reclamando de mim:
"Mari, sei não, viu ? Poxa, no seu blog vc só fala das meninas, né ? Pq vc também não manda um recadinho para sua amiga Martinha Maranhão que te adora, hem ?"
Ah, danadinha. Vai aqui um arrocho grande em você, pra você deixar de ser boba e parar de duvidar do meu carinho. Um cheiro, minha flor! Que coisa boa saber que você também tem saudade de mim, dá notícias, poxa!
Circuito

Renato Félix escreve no blog dele sobre o circuito dos blogues: "aos poucos vamos ficando em dia com os amigos", disse ele. De mim, pinçou uma frasezinha que entitulou "a visão do Rio por uma recifense", mas que na verdade é a pura expressão da saudade tanto de minha terra, como de meus amigos e de um amigo, em particular. Tenho saudade da Paraíba, também, Renatinho. Aliás, é de 'paraíba' que venho sendo chamada direto, com o maior orgulho: vi tanta coisa boa sendo feita por aí, tanta gente inteligente e especial (você entre as top mais), que jamais ser 'paraíba' soará como ofensa aos meus ouvidos. Beijo muito grande pra você - o carioca mais paraíba que existe!
sexta-feira, maio 20, 2005
Festa 1
Festa 2
Festa 3
Festa no céu

Kesinha me manda uma notícia triste:
"Mari, já era para eu ter te escrito há exatos 15 dias, mas a correria não permitiu. Bom, não sei se você já soube que Cosme (do chorinho) morreu. Abaixo está a notícia contando um pouco o que aconteceu. Fquei muito triste. Lembrei daquele dia que estivemos lá. Ainda bem que pude conhecê-lo (agradeço a você por isso). Pelo que estou sabendo, o pessoal decidiu suspender as rodas de choro, pelo menos por enquanto. Beijos e saudades"
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Quinta-feira, 5 de maio de 2005 - Cidades
Morre Cosme Alves, famoso defensor do chorinho no Recife
Depois de uma luta que durou mais de dez anos contra um câncer, Cosme Alves Ferreira, um dos nomes que mais reverenciaram o chorinho no Recife nos últimos anos, faleceu na última quarta-feira no Hospital dos Servidores do Estado.
Cosme Alves era o dono da casa onde ocorriam as tradicionais rodas-de-samba do "Quintal do Cosme", em Porta Larga, no município de Jaboatão dos Guararapes. A cada 15 dias, grupos de chorinho e de samba de raiz se reuniam na casa do pandeirista Cosme Alves para celebrar tais ritmos.
O enterro de Cosme Alves, que tinha 70 anos, será nesta quinta, às 15h, no cemitério da Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes.
(Fiquei aqui lembrando do velhinho gente boa, e da delícia da música e das empadinhas que alimentaram minha alma, naquele quintal onde fui duas vezes, com duas amigas queridas: com a nega Zabá, que deu show, e com Kesinha. Ê, saudade)
Pernambuco na Lapa

Ontem eu acabei na Lapa, depois de ter recebido as ilustres visitas de Tatá e Nininho. Primeiro, Camerino me chamou pra comer pizza no Largo do Machado - e a doida, morta de fome, foi! Lá estava Claudia Holanda, que fez jornalismo lá na UFPE também, e outras pessoas; entre elas, uma menina chamada Carol Pimentel, que é prima de Adriana e Fabinho Victor e também é jornalista e trabalha com cinema. Acho que todos os conterrâneos estão se mudando pra cá! Carol nos carregou pro Nova Capela, mas quando chegamos lá botei pilha pra irmos pro Arco-Íris - nós e mais uma galera que já estava no Nova Capela, entre os quais Luisa Acetti, amigona de Eva que eu só conhecia de vista. Putz, a pernambucanada se esbaldou na Lapa! Cantamos funk de Tati Quebra-Barraco, bregas de raiz e os mais-mais de Denny Oliveira, e as meninas acabaram a noite no Democráticos (eu não, tava lisa e cansada demais pra isso). Mas o encontro foi bom, engraçado e inesperado. Pra além da farra, fortaleci minha rede de contatos com pessoas e profissionais da comunicação. Valeu, né? ;.)
Auto-retrato

Valéria me pede pra fazer uma descrição de mim, pra botar na orelha do livro. Mando pra ela:
"Mariana Cunha Mesquita do Nascimento nasceu no Recife,em 1973. É jornalista e pesquisadora em comunicação, e atualmente cursa doutorado na Universidade Federal Fluminense. Não sabe cantar, não sabe dançar, mas adora estar no meio da farra, e registrar as brincadeiras da Zona da Mata pernambucana foi, para ela, um processo apaixonante, que a fez crescer como pesquisadora e como pessoa. Apesar de ser filha de classe média - uma ‘menina de granja’ criada em apartamento, como dizia seu avô - a autora sempre se sentiu próxima das culturas populares, e freqüentava as festas no terreiro de Mestre Salu muito antes de pensar em fazer uma pesquisa sobre sua família. Este é seu primeiro livro"
Ela responde que tá muito informal. Bonito pra minha cara, né? Não sei ser profissa.
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