
Fomos pro Pagode do Negão, como eu tinha dito. Putz, cheio demais. O lugar é bonito, a música é até legal, mas não dava pra se mexer e a impaciência foi batendo em mim. Thiago derrubou um copo de cerveja em cima de mim e quando eu reclamei saiu-se com essa: "vai dourando e amaciando, espetinho". De lá saímos com Claudio, amigo de Nininho, e fomos todos amontoados num táxi pra Lapa. Os meninos todos greiando de Eva e de mim, que estávamos planejando ir pra um baile funk no Jacaré. Depois da descrição das diversas formas de como seríamos estraçalhadas, tosadas, comidas e devoradas, eu pelo menos desisti, a experiência antropológica não valeria a pena.
Fomos pro Arco-Iris, do Arco-Iris pro Carioca da Gema, do Carioca pro Democráticos, do Democráticos pro Bar do Juca... onde Thiago pediu um chicken a la little bird... Batemos um bocado de perna na Lapa, dançamos um bocadinho, e lá pelas 5h chegamos à "nossa casinha". Não entendi como mas conseguimos botar três pessoas pra dormir aqui neste espacinho - o colchão de Thiago ficou no corredor, entre a porta do banheiro e a saída, tadinho. Mas dormimos todos bem e de manhã deu praia!
Na praia encontramos com Sônia e Thaís, tia e sobrinha que são amigas cariocas de Eva, duas figuraças. Fomos pra Ipanema e lá eu expus meu bronze reluzente (!!!) e até nadei um pouquinho, apesar do medo de levar sol no nariz (tirei um sinal esta semana, lembram?). Thiago e Eva encheram a lata e ela deu o maior vexame ao entrar no mar e sair de marcha a ré (inventou o jacaré-bunda, um novo tipo de esporte).
De lá fomos pro Belmonte e a bebedeira continuou. Fred e Fabiana, amigos de Eva, passaram lá. De repente estávamos cantando as mais-mais de Roberto Carlos e coisas assim. Claro que a conversa descambou pra como Pernambuco é maravilhoso - ó-bi-viu! - e quando a gente viu tava berrando nosso hino: Salve, oh terra dos altos coqueiros, de belezas soberbo estendal! Nova Roma de bravos guerreiros, Pernambuco, imortal, imortal! O bar inteiro parou pra 'apreceiar' e quando eu vi, veio uma moça falando alto: Mariana! Era Dri Pontes, minha amiga de Orkut. Me senti no meio de um filme, hahaha. Não acreditei!
Eva saiu arrastada do bar, pulando, fazendo pliê e cantando em francês. Fomos andando por Ipanema, melados de sal e de areia, e aí resolvi mostrar pra Eva e Thiago uma loja de inconveniências que fica quase na esquina da Farme. Enorme, a loja, cheia de perus vibratórios, plugs anais, fitas de vídeo, fantasias de coelhinho e outras coisas do gênero. Rimos muito, tiramos muitas dúvidas com o atendente que tava com a cara entre esquisita e divertida, e só uns dez minutos depois que saímos de lá é que eu realizei que ele devia estar achando que a gente estava preparando uma suruba!
De lá batemos perna na Lagoa: sentamos no píer, Eva deitou na minha perna e dormiu até roncar e eu tirei umas dúvidas psico-filosóficas com Thiago, meu terapeuta de bolso. Bons conselhos que vou seguir! Andamos muito até Humaitá, onde pegamos o 157 e voltamos pra casa. Embaixo do prédio, no boteco Sonho Lindo, comemos churro, joelho, pizza e caldo de mocotó, pra ficar fortes. Aí subimos pra tirar a areia da alma, quase às 22h, e quando nos aprontamos pra sair, começou a chover e relampear como se o mundo estivesse se acabando. Tou puta da vida, tava planejando grandes coisas na Lapa! Mas ainda não desisti, estamos mentalizando pra ver se a água para de cair enquanto escrevo estas linhas loucas!